Daniel Goleman diz que a meditação pode turbinar a concentração e a resiliência, mas só se praticarmos esse exercício mental básico.

Os atletas entram na “zona [de desempenho máximo]”. Os criativos acessam o “estado de fluxo [entre mente e corpo]”. Podemos até obter um senso elevado de percepção consciente nesses momentos, mas eles são exatamente isto: temporários. Depois que desce da montanha, a alpinista  reassume o “senso comum do cotidiano”, diz o psicólogo e jornalista científico Daniel Goleman, ao falar sobre seu recente livro Altered Traits [Traços alterados], escrito em parceria com o neurocientista Richie Davidson.

Neste vídeo* feito para BigThink, Goleman explora como podemos trazer para o cotidiano os efeitos benéficos desses “estados alterados”.

Goleman argumenta que, por meio da meditação, podemos criar o que ele chama de “traços alterados”.

“Traços alterados […] são mudanças ou transformações duradouras do ser que resultam classicamente de se cultivar um estado alterado pela meditação, que então tem consequências para o modo como você vive o dia a dia – e esse é diferente de como você era antes de tentar a meditação.”

Qual é a chave para desenvolver o hábito? Sempre trazer a mente de volta:

“A certa altura de quando você estiver tentando praticar sua meditação, sua mente sai a passear. Somos configurados desse modo. A chave é: você percebe que ela vai passear? Quando você percebe que sua mente foi passear e a traz de volta, você está fortalecendo os circuitos projetados para a concentração e a atenção.”

Goleman diz que a pesquisa dá a entender que pessoas com experiência em meditação são mais capazes de se concentrar, continuando a cumprir a tarefa apesar das distrações à sua volta e são mais resilientes – mais capazes de se recuperar de uma explosão de raiva, por exemplo.

“Frequentando a academia e fazendo exercícios físicos por anos a fio, você ganha músculos maiores e mais força e boa forma; exatamente a mesma coisa acontece com a mente. A mente é a academia e a meditação é um treinamento básico.”

*o vídeo será traduzido posteriormente.

“Este artigo foi publicado originalmente no Mindful.org, uma organização sem fins lucrativos dedicada a inspirar, orientar e conectar qualquer pessoa que queira explorar a atenção plena. Clique aqui para ver o artigo original.”
Site:  http://www.mindful.org/

Tradução: Nélio Schneider

Contato por e-mail: nelios.poa@gmail.com

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